23 C
São Paulo
terça-feira, fevereiro 18, 2025
InícioCibersegurançaComo evitar ataques cibernéticos em operações de fim de ano e início...

Como evitar ataques cibernéticos em operações de fim de ano e início de ciclo fiscal

Imagine esta cena: sua empresa está em pleno vapor nas operações de fim de ano, processando pedidos, fechando relatórios e se preparando para o próximo ciclo fiscal. Em meio a esse turbilhão, você recebe uma ligação urgente do setor de TI: “Fomos hackeados, os sistemas estão inacessíveis e os dados financeiros estão comprometidos.” Esse cenário, que pode parecer extremo, mas é mais comum do que se imagina. Em períodos de alta movimentação, como o encerramento do ano e o início do ciclo fiscal, são momentos em que hackers estão ainda mais atentos, esperando a menor brecha para atacar.

Não é coincidência que o fim de ano, com a explosão de compras online e o aumento de trocas de dados sensíveis, seja um dos momentos mais visados para ações maliciosas. Do mesmo modo, o início do ciclo fiscal, com a troca massiva de informações financeiras e documentos corporativos, é um convite aberto para ataques.

Neste artigo, vamos explorar por que esses momentos são tão preocupantes, como os ataques acontecem e, o mais importante, o que pode ser feito para blindar suas operações.

Os desafios do fim de ano e início do ciclo fiscal

O final do ano é tradicionalmente um período de alta movimentação, tanto no comércio quanto nos departamentos financeiros das empresas. É o momento em que o varejo online atinge seu pico, sistemas são testados ao limite e muitas equipes estão reduzidas devido a férias. Paralelamente, o início do ano traz a revisão de relatórios financeiros, fechamento de balanços e declarações fiscais.

Imagine uma loja virtual que lida com milhares de transações diárias em dezembro. Enquanto o foco da equipe está em atender os clientes, hackers podem explorar brechas no sistema para roubar informações de pagamento ou lançar ataques de ransomware.

Os cibercriminosos sabem que, nesses momentos, os sistemas costumam estar sobrecarregados e as equipes, pressionadas. Assim, tentam tirar proveito de distrações e falhas humanas para acessar informações sensíveis ou paralisar operações.

Por que esses períodos são tão atrativos para hackers?

Durante o fim de ano, a movimentação no comércio eletrônico e nas plataformas de pagamento aumenta exponencialmente. Muitos hackers se aproveitam da pressa e da falta de atenção para lançar ataques disfarçados de comunicações legítimas, como confirmações de pedido ou mensagens de suporte técnico. Além disso, o maior volume de transações facilita a disseminação de malware em sistemas sobrecarregados.

Já no início do ciclo fiscal, os criminosos miram os dados financeiros que circulam internamente e externamente. Esses documentos, que incluem relatórios de lucros, registros de impostos e transações, são altamente valiosos e frequentemente utilizados como alvos para extorsão.

Outro fator importante é a maior circulação de informações confidenciais entre colaboradores e fornecedores. A troca frequente de e-mails, planilhas e acessos ao sistema aumenta as chances de falhas de segurança, como o uso de redes não seguras ou dispositivos desatualizados.

Como evitar ser vítima de ataques cibernéticos

Proteger a empresa contra ameaças cibernéticas requer uma combinação de prevenção, conscientização e resposta ágil. Abaixo, detalhamos algumas práticas que podem ser integradas ao dia a dia da organização.

Foco no comportamento humano

O elo mais fraco em muitas estratégias de segurança é o fator humano. Funcionários despreparados podem, sem intenção, abrir as portas para ataques. Promover treinamentos regulares, que simulem situações reais de phishing e outras ameaças, ajuda os colaboradores a identificar armadilhas. Por exemplo, um simples clique em um link suspeito pode comprometer todo o sistema da empresa.

Além disso, é importante criar uma cultura de segurança. Isso significa que todos os colaboradores, independentemente do cargo, precisam entender que proteger os dados da empresa é parte de suas responsabilidades. Esse tipo de conscientização é essencial em momentos de alto risco, como o início do ciclo fiscal.

Fortalecimento das defesas digitais

Investir em tecnologia é uma medida prática e indispensável. Firewalls robustos, sistemas antivírus atualizados e ferramentas de monitoramento em tempo real são fundamentais para identificar e bloquear tentativas de invasão. No entanto, de nada adianta contar com soluções avançadas se elas não forem configuradas corretamente ou mantidas atualizadas.

A autenticação multifator, que exige mais de uma etapa para acessar sistemas, é outro exemplo de medida simples e eficaz. Essa prática reduz significativamente as chances de acesso não autorizado, mesmo que senhas sejam comprometidas.

Outro ponto importante é garantir que todos os sistemas operacionais e softwares utilizados pela empresa estejam com as atualizações em dia. Muitas brechas de segurança exploradas por hackers estão relacionadas a versões antigas de programas.

Preparação para imprevistos

Mesmo com as melhores práticas, nenhuma empresa está completamente imune a ataques. Por isso, ter um plano de resposta a incidentes é essencial. Esse plano deve prever como agir em caso de invasões, vazamentos de dados ou paralisações de sistemas. Uma resposta rápida e bem coordenada pode minimizar os impactos e evitar maiores prejuízos.

Além disso, backups regulares dos dados garantem que a empresa possa se recuperar rapidamente, mesmo que um ataque, como ransomware, ocorra. É importante que esses backups sejam armazenados em locais seguros e testados periodicamente para assegurar que podem ser restaurados.

Ciclo fiscal com inteligência

Durante o ciclo fiscal, os dados financeiros ganham uma camada extra de sensibilidade. É nesse período que os hackers buscam informações que podem ser usadas para fraudes ou extorsão. Assim, medidas específicas podem ser implementadas para reforçar a segurança:

  • Revise os acessos: verifique quem realmente precisa acessar os relatórios financeiros e restrinja permissões para evitar o uso indevido de informações.
  • Cuidado com terceiros: se a empresa depende de fornecedores ou parceiros para lidar com dados financeiros, assegure-se de que eles também seguem boas práticas de segurança.
  • Monitore atividades incomuns: picos de acessos fora do horário normal ou tentativas de login consecutivas podem indicar tentativas de invasão.

Adaptação às novas ameaças cibernéticas

As ameaças estão em constante evolução, o que exige uma abordagem proativa. Tecnologias como inteligência artificial têm sido usadas tanto por hackers quanto por empresas para prever e responder a ataques. Isso inclui sistemas que identificam atividades incomuns e bloqueiam acessos automaticamente.

Outra tendência é a maior migração para ambientes na nuvem, o que oferece flexibilidade, mas também exige soluções específicas de segurança. Assim, empresas que adotam essa estratégia devem garantir que suas informações estejam protegidas por criptografia e outros mecanismos robustos.

Os períodos de fim de ano e início do ciclo fiscal são desafiadores, mas também representam oportunidades para reforçar a segurança digital da empresa. Com planejamento, treinamento e investimentos adequados, é possível reduzir os riscos de ataques cibernéticos e proteger informações sensíveis.

Além de proteger os dados, investir em segurança cibernética reflete profissionalismo e cuidado com clientes e parceiros. No mundo corporativo atual, a confiança é um ativo valioso, e uma estratégia eficaz de cibersegurança ajuda a preservá-la. Assim, sua empresa pode enfrentar os desafios do ciclo fiscal com tranquilidade, garantindo não apenas o cumprimento das obrigações, mas também a continuidade dos negócios.

Siga o Itshow no LinkedIn e assine a nossa News para ficar por dentro de todas as notícias do setor de TI e Telecom!

Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
Postagens recomendadas
Outras postagens