No cenário da transformação digital, poucos líderes conseguem equilibrar inovação, governança e eficiência operacional. Um desses profissionais é Jorge Stakowiak, reconhecido pelo Itshow como um dos 100 Tech Informers mais influentes do setor.
Com 28 anos de experiência em tecnologia, sendo os últimos 12 na liderança executiva, Jorge é Diretor de operações de tecnologia (TechOps) na DASA, onde lidera iniciativas que sustentam, evoluem e transformam as operações de sistemas e infraestrutura tecnológica da empresa.
Para Jorge, a tecnologia não deve ser apenas um setor de suporte dentro da empresa, mas sim um pilar estratégico. Ele destaca que a TI precisa estar integrada ao negócio, e não atuar de forma reativa.
“Acredito muito que a tecnologia deve andar muito próximo das áreas de negócios e não atuar de forma reativa. Esse é o modelo de TI que eu defendo.”
Desafios na Infraestrutura e a Busca por Eficiência
Com sua experiência, passando por diferentes mercados, Jorge destaca que o importante em uma gestão de operações de tecnologia é atrelar a estabilidade dos ambientes e sistemas com governança e gestão, mas também puxando inovação quando possível e trabalhar a questão da eficiência, seja ela financeira ou trazendo ganhos de produtividade.
Os principais desafios que destaco como desafio para a busca de melhor governança e eficiência são:
- Baixa governança sobre infraestrutura e segurança.
- Frequentes incidentes técnicos impactando a continuidade do negócio.
- Custos elevados sem uma gestão otimizada da TI.
Para resolver essas questões, entendo que a melhor saida é fazer o básico bem feito e uma visão de eficiencia robusta. Para tanto é necessario um modelo robusto de governança tecnológica, focado em:
- Maior controle sobre deploys e desenvolvimento de software.
- Investimentos estratégicos em infraestrutura e cloud computing.
- Melhoria da observabilidade e da segurança cibernética.
- Gestão eficiente de custos operacionais e contratos de tecnologia.
Essas mudanças permitiram apoiar uma evolução em disponibilidade e também traz maior segurança ao ambiente. Além disso os resultados para uma eficiência na gestão dos custos e recursos mais robusta e aderente ao momento que a maioria dos mercados encara atualmente frente a economia vigente.
Governança e Segurança da Informação no Setor de Saúde
O setor da saúde tem sido um dos alvos mais frequentes de ciberataques e engenharia social, devido à grande quantidade de dados sensíveis de pacientes. Jorge ressalta que esse é um tema prioritário para a Dasa e para todo mercado de saúde.
“Segurança não é negociável. É um tema prioritário para qualquer líder de tecnologia atualmente e em especial no segmento de saúde. Diria que é um tema top3 em qualquer plano diretor/estratégico de TI.”
Inteligência Artificial e Automação na Saúde
Embora a governança tenha sido o foco inicial, a Dasa já incorpora inteligência artificial em diversos processos, especialmente na área de diagnóstico por imagem e na gestão de dados.
O uso de IA tem sido essencial para:
- Aumentar a produtividade dos fluxos e processos de negocio.
- Melhorar a precisão e agilidade nos diagnósticos.
- Otimizar processos internos e reduzir custos.
No entanto, Jorge alerta que a adoção da IA precisa ser criteriosa e baseada em valor real para o paciente e para o negócio:
“Nem tudo que é IA serve para todas as empresas. IA só faz sentido se agrega valor e pode ser facilmente escalada. Para tanto exige letramento de todos envolvidos no tema, decisões estratégicas no uso e uma governança inicial que apoia qualquer estratégia definida.”
Ele menciona a tendência crescente da criação de uma nova posição executiva já chamada de CAIO (Chief AI Officer), responsável por governar e estruturar o uso de inteligência artificial dentro das empresas.
Migração para a Nuvem: Ainda Vale a Pena?
Nos últimos anos, a migração para a nuvem foi considerada uma tendência inevitável, mas Jorge faz uma análise mais cautelosa. Segundo ele, nem todas as aplicações se beneficiam da nuvem, e algumas empresas já estão trazendo sistemas de volta para infraestruturas on-premises.
“Muitas empresas migraram para a nuvem sem avaliar se seus sistemas realmente se beneficiaram disso. Hoje, algumas estão voltando porque os custos ficaram altos demais.”
Ele defende um equilíbrio entre on-premises e cloud, baseado em análises estratégicas e conhecimento profundo dos sistemas da empresa.
Olhando para o futuro, Jorge acredita que o crescimento da IA e da computação virtual serão os fatores que mais impactarão o setor nos próximos cinco anos.
Seu principal conselho para profissionais de tecnologia é:
“Estudem o mercado e fiquem atentos às mudanças. O profissional de tecnologia precisa entender de negócios e se integrar a ele. Para tanto, estudar e se manter atualizado é fundamental”
A tecnologia não é mais apenas um suporte, mas um elemento central das estratégias empresariais. Por isso, a atualização constante é essencial para se manter relevante no setor.
A jornada da Dasa sob a liderança de Jorge Stakowiak mostra como governança, infraestrutura bem planejada e uso estratégico da tecnologia podem gerar impacto real nos negócios.
A tecnologia não pode mais ser um setor isolado dentro das empresas. Para líderes e profissionais da área, fica a lição: TI e negócios devem caminhar juntos.
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