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quinta-feira, agosto 7, 2025
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Hacker coloca à venda dados de clientes e infraestrutura AWS da Claro

Na segunda-feira (29), a operadora Claro foi alvo de um ataque cibernético significativo. O invasor, identificado como PacketSlut, revelou que teve acesso a dados pessoais de aproximadamente 80 milhões de clientes da empresa, além de conseguir invadir a infraestrutura de nuvem da Claro, incluindo serviços da Amazon Web Services (AWS). Esse ataque levanta preocupações sobre a segurança dos dados dos consumidores e a vulnerabilidade das operadoras de telecomunicações, que lidam com informações sensíveis de milhões de pessoas.

Ameaça e exposição dos dados

O hacker, após obter acesso aos sistemas da Claro, colocou à venda os dados obtidos em um fórum especializado. O valor exigido para liberar o acesso aos dados roubados foi de R$ 9 milhões, o que ilustra a magnitude do roubo. Entre os dados expostos, estavam informações de clientes como nomes, endereços, números de telefone e dados financeiros. Além disso, o hacker também teve acesso a bancos de dados, como PostgreSQL, DocumentDB e MongoDB, além de códigos-fonte, repositórios de DevOps e credenciais expostas.

O atacante ofereceu o que ele chamou de uma “chave de ouro”, permitindo o acesso completo à infraestrutura de nuvem da operadora, uma área extremamente sensível e estratégica para as empresas de telecomunicações. Ao colocar essas informações à venda, ele não apenas coloca em risco a segurança dos clientes, mas também compromete a confiança que os consumidores depositam na operadora.

Como o golpe foi realizado

O hacker, ao ser entrevistado por especialistas, alegou que o ataque foi realizado de forma relativamente simples, utilizando falhas de segurança que poderiam ter sido evitadas. Segundo PacketSlut, o acesso foi possibilitado pela negligência de um funcionário da TI da Claro, que deixou credenciais expostas e outros dados sensíveis vulneráveis a acessos não autorizados. O cibercriminoso afirmou que o ataque não exigiu o uso de técnicas sofisticadas de hacking, o que sugere que o incidente pode ter sido evitado com práticas mais rigorosas de segurança interna.

Além disso, o hacker garantiu que não houve exposição direta de dados de clientes no que se refere a transações bancárias, porém, a simples possibilidade de acessar credenciais e outros dados sensíveis deixa claro o alto risco de danos. Ele ainda destacou que, embora ele tenha retirado os dados à venda, as credenciais ainda estão acessíveis e podem ser exploradas por outras pessoas.

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Reação da Claro e medidas de segurança

Até o momento, a Claro não emitiu um comunicado oficial sobre o incidente, deixando uma lacuna de informações para os consumidores e a mídia. A falta de transparência em relação ao ataque não faz bem para a imagem da empresa, especialmente considerando o potencial impacto que a violação de dados pode ter na confiança dos clientes.

Especialistas em segurança cibernética recomendam que as vítimas de ataques como este tomem medidas imediatas para proteger suas contas e dados. Os clientes da Claro devem alterar suas senhas de contas bancárias, e-mails e outras plataformas que contenham informações sensíveis. Além disso, é fundamental ativar a autenticação de dois fatores (2FA), o que adiciona uma camada extra de segurança e ajuda a proteger contra acessos não autorizados.

A empresa também deve realizar uma auditoria completa em seus sistemas para identificar as falhas de segurança que permitiram o ataque e reforçar suas políticas internas de segurança digital. O uso de criptografia de dados, firewalls robustos e monitoramento contínuo são medidas essenciais para evitar que eventos semelhantes se repitam.

Impacto e preocupações de segurança

Este ataque cibernético coloca em evidência os desafios enfrentados por empresas de grande porte, como a Claro, na proteção de dados sensíveis. Com a crescente digitalização e o aumento do uso de tecnologias em nuvem, a segurança da informação tornou-se uma prioridade para todas as organizações, especialmente aquelas que lidam com grandes volumes de dados pessoais e financeiros.

Além do prejuízo financeiro e da perda de confiança, as empresas também podem enfrentar consequências legais devido à violação de privacidade. Em muitos países, as leis de proteção de dados pessoais, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil, exigem que as empresas tomem medidas adequadas para proteger as informações dos consumidores. O não cumprimento dessas leis pode resultar em multas pesadas e danos à reputação.

Como se proteger de golpes digitais

Este incidente serve como um alerta para todos os consumidores sobre a importância da proteção de dados pessoais. Aqui estão algumas dicas essenciais para se proteger contra ataques cibernéticos:

1. Use Senhas Fortes e Únicas

Evite o uso de senhas fáceis e comuns. Utilize uma combinação de letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais. Além disso, nunca reutilize senhas em diferentes plataformas.

2. Habilite a Autenticação de Dois Fatores (2FA)

Sempre que possível, ative a autenticação de dois fatores em suas contas online. Isso impede que criminosos acessem suas informações mesmo se tiverem sua senha.

3. Monitore Suas Contas

Fique atento a movimentações suspeitas em suas contas bancárias, cartões de crédito e plataformas de e-mail. Relate imediatamente qualquer atividade desconhecida ao seu banco ou serviço.

Nunca clique em links enviados por e-mails não solicitados ou desconhecidos. Golpistas frequentemente usam e-mails de phishing para enganar vítimas e coletar informações pessoais.

5. Use Ferramentas de Segurança

Instale e mantenha atualizado um software antivírus de confiança, além de usar firewalls e outras ferramentas de segurança para proteger seus dispositivos.

Embora a falta de transparência da operadora sobre o incidente tenha gerado críticas, o mais importante agora é que consumidores e empresas reforcem suas medidas de segurança para evitar que esse tipo de ataque se repita. A proteção de dados deve ser uma prioridade para todas as organizações, principalmente no cenário digital atual, onde os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados.

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