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terça-feira, outubro 15, 2024
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Segurança e privacidade na era da Big Data e da Integração de Dados

Big Data é o termo que utilizamos para designar dados que, por seu grande volume, elevada complexidade e alta frequência, não podem ser processados usando métodos tradicionais. Para realizar essa tarefa, recorre-se a softwares especializados e algoritmos de computação, aptos a filtrar e extrair insights úteis mesmo diante de uma enorme quantidade de informação. 

O avanço da Big Data nos últimos anos não é à toa. Afinal, graças a ela é possível tomar decisões assertivas e resolver problemas que, até então, pareciam insolúveis. E o passo deve se manter em ritmo acelerado: conforme estimativa da Fortune Business Insights, a Big Data deve apresentar uma taxa de crescimento anual de quase 15% até 2028 e movimentar, somente em 2028, US$549,7 bilhões.

Uma série de fatores têm impulsionado esse crescimento, como desenvolvimento e democratização da tecnologia, acessibilidade da computação em nuvem, inteligência artificial, machine learning e internet das coisas, bem como preocupações com segurança e privacidade – refletindo a nova maneira com que lidamos e percebemos dados. Junto a isso, ademais, notamos uma enorme demanda pela integração de dados.

E por que a integração de dados é tão importante? Porque, aliada à Big Data, ela permite visão holística do negócio, eficiência operacional, resposta rápida a mudanças, melhoria na qualidade das informações, redução de custos e, finalmente, preparação para a tão falada transformação digital.

big data
Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Um porém: segurança

A integração de dados, embora extremamente valiosa, exige cuidados, principalmente com relação à segurança da informação. Ela se torna ainda mais importante uma vez que os dados de diversas fontes acabam sendo centralizados em uma infraestrutura comum – a fim de processá-los, filtrá-los e analisá-los.

A segurança, bem pensada e bem implementada, deve levar em conta três pilares:

  • Confidencialidade: Este pilar refere-se à proteção de informações sensíveis contra acessos não autorizados. Garantir a confidencialidade significa assegurar que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a dados críticos. Medidas como criptografia, controle de acesso e políticas claras contribuem para manter a confidencialidade intacta.
  • Integridade: A integridade está relacionada à garantia de que as informações não sejam alteradas, corrompidas ou comprometidas de maneira não autorizada. Manter a integridade dos dados é essencial para preservar sua precisão e confiabilidade. Técnicas como assinaturas digitais, controle de versões e checksums são indispensáveis.
  • Disponibilidade: O pilar da disponibilidade envolve garantir que as informações e os sistemas estejam acessíveis quando necessário, sem interrupções indevidas. Isso inclui a prevenção e mitigação de ataques que buscam indisponibilizar serviços, bem como a implementação de práticas de backup e recuperação de desastres para manter a continuidade das operações.

Como se pode ver, ainda que a integração dos dados possibilite uma visão holística e extração de indicadores para a tomada de decisão, é necessário que exista a segregação de papéis e de funções para que apenas os responsáveis autorizados e competentes acessem ou compartilhem as informações que lhe são confiadas.

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Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Para garantir a confidencialidade, é preciso ainda implementar mecanismos de autenticação segura, como a adoção de Múltiplos Fatores de Autenticação (MFA) e o uso de senhas fortes, e assegurar que a base permita a criptografia dos dados em repouso e que, em trânsito, eles utilizem protocolos seguros, como o TLS 1.2.

Por fim, é preciso investir em infraestrutura para que ela suporte o grande volume de dados esperado, abrangendo inclusive mecanismos de recuperação de falhas e redundância. Não me refiro apenas ao hardware, pois a utilização da nuvem é, hoje, um aspecto quase inevitável. Ela precisa ser bem protegida, com protocolos de segurança em dia, e deve possuir aderência aos padrões internacionais de segurança da informação, privacidade de dados e continuidade dos negócios, como as normas ISO 27001, ISO 27701 e ISO 22301, respectivamente.

Em síntese

Big Data, mais do que uma tendência, é uma realidade. Quando associada à integração de dados, possibilita decisões de negócio mais céleres e precisas, e favorece a redução de custos e a melhoria operacional. A boa implementação, porém, exige o respeito aos três pilares de segurança e privacidade – confidencialidade, integridade e disponibilidade – a fim de garantir a proteção aos dados de fornecedores, clientes, parceiros e da própria organização. 

Douglas Lopes
Douglas Lopes
Possuo experiência em Desenvolvimento de Software (Web), Gerenciamento de Projetos, Implementação de Modelos de Desenvolvimento de Software (CMMI e MPS.BR), Gestão de Venda, Marketing e Expansão do Negócio.
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