O Tech & Touch chegou ao seu episódio 4 trazendo uma conversa direta sobre o futuro dos eventos no marketing B2B Tech. Apresentado por Felipe Navarro, o episódio recebe Tiago Magnus, fundador da TD e responsável por marcas como CMO Summit e RH Summit, além de liderar a plataforma TD Scale, que dá suporte a grandes eventos no Brasil com tecnologia, credenciamento, gateway e inteligência de dados.
Logo no início, Magnus recorda a mudança radical trazida pela pandemia, que transformou a forma de pensar eventos: do presencial tradicional para o digital forçado e, agora, para uma convivência híbrida. Ele destaca: “Eu estava tentando vender eventos online antes da pandemia, e era muito difícil… hoje a gente está com esses eventos que começaram digital, indo para o presencial, indo para o híbrido, para continuar mostrando como deve ser feito”.
Tech & Touch: Eventos como canal de aquisição
Para Magnus, um equívoco comum ainda persiste: tratar eventos apenas como palco de transmissão de conteúdo. Ele é categórico: “Um evento não é distribuição de conteúdo. Ele deve gerar pipeline, reuniões e propostas enviadas”. Essa visão posiciona tanto os eventos online quanto os presenciais como verdadeiros canais de aquisição de clientes, comparáveis a outros investimentos em marketing.
Retomada do digital e consistência
O executivo também enxerga um movimento de ressurgimento do digital: “Estou vendo alguns casos de clientes, empresas, parceiros, fazendo um evento online para 25 mil pessoas, para 30 mil pessoas, gastando muito pouco”. A escalabilidade e o baixo custo tornam os eventos online especialmente estratégicos em um cenário de alta competitividade.
No entanto, Magnus alerta para a importância da consistência: não basta um conteúdo “divisor de águas”, mas sim a construção de plataformas sólidas, com calendário contínuo e foco em relacionamento. “Algo grande não nasce pronto… é uma construção”.
O papel da experiência
Outro ponto de destaque no episódio é a experiência. Para Magnus, não basta apenas entregar palestras, seja no presencial ou no digital. A experiência precisa estar no centro, tanto na forma de disponibilizar conteúdo quanto no engajamento do público com a marca.
Engajamento do time de vendas
O episódio também detalha a relação entre eventos e vendas. Magnus compartilha um caso em que a cultura interna mudou depois que um grande cliente foi fechado durante um evento: “Virou meio que uma lenda na empresa inteira que aquele evento é muito bom, só tem lead qualificado, só tem empresa boa. E aí se disseminou essa mensagem”. Para ele, sem a integração do time comercial, os eventos não geram resultado.
Pós-evento e relacionamento
Um dos maiores gargalos, segundo Magnus, é o pós-evento. “Eu acredito que 95% das empresas não faz absolutamente nada no pós-evento”. A ausência de cadências estruturadas, integração com CRM e acompanhamento de funil faz com que muitas oportunidades sejam perdidas. Ele defende que marketing precisa ser “interessante, não interesseiro”, mantendo a conversa viva por meio de conteúdos, cadências e novos pontos de contato.
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