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quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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A Revolução do Streaming e os Desafios da Conectividade em Grandes Eventos

Com o avanço do streaming, especialmente durante a pandemia, eventos globais como as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2024 reafirmaram o impacto dessa tecnologia no consumo de entretenimento. Se por um lado o público celebrou o acesso inclusivo e flexível às competições em tempo real, por outro, a conectividade ofereceu novos desafios para sustentar essa revolução.

O Crescimento do Streaming e sua Popularização

O streaming viu um aumento expressivo de usuários. Em 2020, o número global de assinaturas ultrapassou 1,1 bilhão, um crescimento de 26%, com 232 milhões de novas contas, segundo a Motion Picture Association (MPA). O cenário se traduziu em uma nova forma de consumo: com a praticidade em que os espectadores puderam acompanhar ao vivo de qualquer lugar, em dispositivos como TVs, smartphones e tablets as transmissões. Essa transformação consolidou o streaming como um modelo democrático e inclusivo, exemplificado pela liberação de geobloqueios pelo Comitê Paralímpico Internacional durante os jogos.

Canais de transmissão online, como YouTube e redes sociais, atraíram milhões de espectadores simultâneos, oferecendo uma alternativa prática à TV tradicional. Um canal brasileiro, por exemplo, alcançou picos de 1,6 milhão de visualizações simultâneas e um total de 36,4 milhões de acessos. Esse novo comportamento reforça a necessidade de infraestruturas robustas para atender à crescente demanda dos usuários.

Infraestrutura: O Ponto Crítico da Conectividade

A crescente popularidade do streaming expõe gargalos tecnológicos. Aspectos como latência, perda de pacotes e jitter foram fundamentais para garantir a qualidade do serviço. Redes que não oferecem uma latência estável ou que enfrentam o tráfego de dados prejudicam diretamente a experiência do usuário, colocando em risco a fidelização.

Uma solução para mitigar esses problemas é a localização estratégica de servidores de conteúdo direcionados aos usuários. Essa medida reduz significativamente a latência e melhora a eficiência da entrega, especialmente em eventos de grande porte que desativam alto desempenho das redes.

Além disso, o Brasil possui uma vantagem única: a presença de milhares de provedores de internet (ISPs) espalhados pelo território. Essa diversificação permite criar rotas alternativas em casos de falhas, garantindo maior resiliência à rede.

Cibersegurança e Resiliência em Eventos de Grande Porte

Eventos globais, como as Olimpíadas de Paris, também destacaram a importância da segurança cibernética e física das infraestruturas de telecomunicações. Durante a abertura, ataques coordenados às redes de fibra óptica comprometeram a conexão em algumas regiões da França. A resposta rápida evitou maiores prejuízos, mas o episódio reforça a necessidade de investimentos em tecnologias seguras, como redes OPGW (Optical Ground Wire), que utilizam torres de energia elétrica para transmissão de dados, evitando vulnerabilidades.

No Brasil, a diversificação de rotas e o fortalecimento da segurança cibernética são estratégias fundamentais para proteger eventos futuros. Soluções integradas entre operadoras de telecomunicações, provedores de datacenters e especialistas em TI são indispensáveis ​​para garantir uma experiência confiável e de alta qualidade.

O Futuro do Streaming e as Oportunidades para o Brasil

O streaming não é apenas uma mudança cultural no consumo de conteúdo; é uma transformação na infraestrutura tecnológica global. À medida que mais eventos são transmitidos online, as demandas sobre as redes aumentam exponencialmente, exigindo investimentos contínuos em inovação.

Para o Brasil, isso representa uma oportunidade. Com uma base robusta de ISPs e avanços em tecnologias como fibra óptica e 5G, o país pode se consolidar como líder na entrega de serviços de alta qualidade. A colaboração entre diferentes atores do ecossistema é essencial para enfrentar desafios e garantir a satisfação dos usuários.

Conclusão

A evolução da plataforma de streaming redefine o consumo de entretenimento e expõe a necessidade de uma conectividade robusta e segura. Com a expansão do mercado e a crescente exigência de qualidade, a infraestrutura digital se torna protagonista nessa transformação.

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