A inteligência artificial (IA) se consolida cada vez mais como uma força transformadora em diversos setores da economia, impulsionando inovações e otimizando processos.
Na vanguarda dessa revolução tecnológica, empresas focadas na transformação digital têm largado na frente porque buscam integrar a IA às suas operações e serviços para aprimorar a experiência do usuário e incrementar os resultados. No entanto, essa jornada não está isenta de desafios técnicos.
Como diretor de tecnologia, tenho vivenciado em primeira mão algumas dificuldades que surgem ao abraçar a transformação ditada pela IA. Uma das principais é a escassez de profissionais qualificados para lidar com essa tecnologia e aplicá-la em seu campo de atuação.
Como a demanda por especialistas em aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e visão computacional está superando a oferta, recrutar e reter talentos tornou-se uma missão bastante complexa.
Para romper essa barreira é preciso investir, por exemplo, em programas de capacitação interna e parcerias com instituições acadêmicas e, assim, compor uma equipe interna consistente.
Para materializar esses esforços, o Compass Academy tem sido uma ferramenta extremamente importante neste momento. Por meio da iniciativa, estamos formando centenas de profissionais com habilidades específicas para a competência necessária ainda dentro das universidades. Boa parte de quem passa pelo programa ingressa na companhia para trabalhar em projetos que utilizam tecnologia de ponta.
Outra ação a ser considerada para captação de pessoas qualificadas é a adoção de estratégias como trabalho remoto e colaborações com profissionais independentes para acessar talentos globalmente.
Afinal, o Compass Academy também tem sido executado com universidades fora do Brasil, principalmente em países da América Latina e agora também na Nigéria, graças ao modelo flexível e a ferramentas de acompanhamento remoto.
A nitidez dos modelos de IA e as pautas éticas relacionadas ao seu uso são questões intrínsecas à implementação dessa tecnologia, uma vez que a necessidade de explicabilidade dos algoritmos de tomada de decisão e a garantia de conformidade com padrões éticos são aspectos relevantes que não podem ser ignorados.
Ao enfrentar essa questão, implementar políticas rigorosas de transparência e ética nas organizações é um ponto de apoio para utilizar o recurso da IA positivamente.
Trabalhar em estreita colaboração com os times jurídicos assegura que sistemas de IA estejam em conformidade com regulamentações locais e globais, proporcionando aos usuários confiança e clareza.
Com o aumento exponencial do volume de dados processados e da complexidade dos modelos de IA, a escala e o desempenho tornam-se prementes.
Portanto, é vital garantir que os sistemas dessa tecnologia sejam capazes de operar eficientemente com grandes conjuntos de dados, mantendo altos níveis de desempenho.
Para endereçar esse desafio, profissionais que ocupam a posição de CTO devem implementar estratégias de escalabilidade horizontal e vertical, adotando tecnologias de nuvem flexíveis.
Também é importante monitorar continuamente o desempenho de sistemas, otimizando algoritmos e infraestrutura para obter uma experiência de usuário mais tranquila e eficiente.
A jornada de transformação de IA é repleta de exigentes etapas, mas cada obstáculo superado representa uma oportunidade de aprendizado e aprimoramento.
Em empresas sérias e comprometidas, esses empecilhos devem ser encarados de frente, buscando soluções técnicas e promovendo uma cultura centrada na ética e transparência.
À medida que avançamos, continuamos a aprender e a evoluir, contribuindo para o avanço da IA. Essa transformação é uma jornada contínua, e as pessoas engajadas nesse âmbito devem compartilhar lições e insights para colaborar com a comunidade na construção de um futuro impulsionado por tecnologias que otimizam a rotina das pessoas e ajudam na evolução das sociedades.