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terça-feira, janeiro 21, 2025
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Cibersegurança é Responsabilidade de Todo o Ecossistema Digital, Defende Anatel

A cibersegurança, uma das questões mais sensíveis e estratégicas no setor de telecomunicações, foi amplamente debatida durante o ICT-LAC Summit, realizado nesta quinta-feira, 5 de dezembro. Gustavo Borges, Superintendente Executivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e membro do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), destacou a necessidade de tratar a segurança cibernética como uma prioridade coletiva, envolvendo todos os elos da cadeia de infraestrutura que sustenta os serviços digitais e de telecomunicações.

Borges enfatizou que, embora as telecomunicações sejam uma infraestrutura privada, elas prestam serviços essenciais à sociedade, o que demanda altos padrões de confiabilidade, privacidade e resiliência. “São princípios que devemos garantir em nossa regulamentação. Temos no Brasil um comitê nacional de cibersegurança, que discute as regras de segurança cibernética”, afirmou, sublinhando o papel estratégico de regulamentações robustas para proteger tanto os usuários quanto as operações críticas.

Governança e Cooperação: Estruturando o Futuro da Cibersegurança

Durante o painel, Borges também revelou discussões em andamento no CNCiber para a criação de um órgão central responsável por coordenar as iniciativas de cibersegurança entre os diversos agentes envolvidos no ecossistema digital. Segundo ele, essa estrutura busca não apenas unificar esforços, mas também criar um espaço contínuo para a troca de boas práticas, promovendo a colaboração entre os setores.

A ideia é desenvolver um sistema com um órgão de referência que permita a integração entre os agentes. Essa abordagem irá facilitar o diálogo, compartilhar aprendizados e, principalmente, construir uma base sólida para enfrentar os desafios cibernéticos de forma coordenada e eficiente”, explicou.

Essa proposta reflete uma tendência global de centralizar as ações de segurança cibernética sob uma governança comum, garantindo respostas mais rápidas a incidentes e promovendo um alinhamento estratégico em um ambiente onde as ameaças evoluem continuamente.

Diversificação de Fornecedores: Uma Estratégia para a Resiliência

Outro tema de destaque foi a necessidade de diversificar os fornecedores de equipamentos e serviços no setor. Gustavo Borges apontou que uma dependência excessiva de um único fornecedor representa um risco significativo para a segurança e a continuidade das operações. “É importante termos várias empresas fornecendo serviços. Isso permite mais opções e garante que o mercado seja menos vulnerável a falhas de segurança. Não confiar exclusivamente em um fornecedor é essencial para um ambiente seguro”, afirmou.

Esse ponto foi reforçado por Marcelo Motta, diretor de cibersegurança da Huawei Brasil, que destacou a importância de equipes dedicadas à vigilância e à proteção dos sistemas em operação. Ele ressaltou que os equipamentos da Huawei oferecem tecnologias avançadas que permitem às operadoras atuar de forma segura e resiliente, contribuindo para um ecossistema digital mais robusto.

A diversificação não é apenas uma estratégia técnica, mas também uma medida de governança que promove a competitividade no mercado, além de mitigar vulnerabilidades associadas a monopólios tecnológicos.

Colaboração Internacional: Um Desafio Global

Além das perspectivas nacionais, o debate contou com contribuições internacionais, como a de Pedro Huichalaf Roa, professor do Centro de Investigação em Cibersegurança da Universidad Mayor e ex-subsecretário de telecomunicações do Chile. Ele destacou a necessidade de uma atuação conjunta entre todos os atores do ecossistema digital, incluindo governos, empresas e organizações internacionais.

A atuação conjunta é a chave para uma cibersegurança eficaz. Não se trata apenas de proteger sistemas individuais, mas de criar uma rede robusta de proteção que beneficie todo o ecossistema”, afirmou.

Huichalaf também ressaltou que a cibersegurança deve ser encarada como uma questão estratégica e coletiva, especialmente em um cenário onde as interdependências tecnológicas tornam os sistemas mais suscetíveis a ataques coordenados.

Cibersegurança: Pilar Fundamental do Futuro Digital

O painel no ICT-LAC Summit reforçou que a cibersegurança é mais do que uma responsabilidade isolada de governos ou empresas; trata-se de um compromisso coletivo que demanda esforços coordenados e estratégias abrangentes. Com a digitalização acelerada e a crescente dependência de serviços conectados, proteger as redes e os dados tornou-se uma prioridade inadiável.

Entre as soluções destacadas, a criação de estruturas de governança específicas, como o ente coordenador proposto pelo CNCiber, a diversificação de fornecedores e a promoção de iniciativas de colaboração internacional foram apontadas como caminhos essenciais para enfrentar os desafios da segurança digital. Além disso, o papel de tecnologias avançadas, como as oferecidas por empresas líderes no setor, também foi evidenciado como uma peça-chave para aumentar a resiliência.

A cibersegurança não é apenas uma questão técnica; ela é uma base indispensável para a evolução do setor digital. O compromisso com a privacidade, a confiabilidade e a resiliência deve guiar as decisões de todos os envolvidos no ecossistema, desde regulamentadores até fornecedores e operadores.

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