- 7 pilares da segurança da informação
- Principais ameaças à segurança da informação
- Dicas de boas práticas que vão proteger os dados da sua empresa
- Estratégias e desafios na segurança da informação
A segurança da informação envolve uma série de estratégias e ações destinadas a proteger os dados de uma entidade contra acessos impróprios, modificações não autorizadas ou extravio. Compreender os princípios fundamentais destas práticas é vital para assegurar a confiabilidade, privacidade e acessibilidade contínua das informações da sua empresa.
7 pilares da segurança da informação
1. Sigilo
O sigilo assegura que as informações sejam acessadas exclusivamente por indivíduos que tenham permissão. Esta proteção é reforçada principalmente através de métodos de autenticação, delimitando e filtrando quem pode ter acesso. Esta barreira é essencial diante da vasta quantidade de dados sensíveis sob posse das corporações.
Sem a devida proteção do sigilo, as organizações correm o risco de sofrer ataques virtuais, perdas de informações essenciais e até mesmo o vazamento de dados de clientes, o que pode acarretar em enormes prejuízos, incluindo financeiros.
2. Consistência
A consistência assegura que as informações permaneçam no estado original desde a sua criação até o seu armazenamento. Isso significa que o dado permanece inalterado, e somente pessoas devidamente autorizadas têm permissão para alterá-lo.
Com uma gestão bem planejada, é viável usar soluções tecnológicas para restaurar informações que foram corrompidas ou excluídas por acidente.
3. Acesso contínuo
É importante que as informações empresariais sejam não apenas seguras, mas também prontamente acessíveis para usuários que possuem as devidas permissões.
Este princípio foca na operacionalidade contínua dos sistemas e na robustez da rede, assegurando que as informações estejam sempre à disposição quando necessárias. É fundamental que tais dados estejam armazenados em sistemas resilientes e com mecanismos de backup.
4. Veracidade
A veracidade refere-se à capacidade de identificar e documentar o usuário que está interagindo ou alterando os dados. Em outras palavras, quando um usuário atua sobre determinada informação, essa atividade é registrada, garantindo assim a rastreabilidade de suas ações.
5. Pessoas
As ações e decisões humanas muitas vezes são o ponto vulnerável no espectro da cibersegurança. Enquanto ferramentas e tecnologias são essenciais, a consciência e comportamento dos indivíduos são determinantes para prevenir e combater ameaças digitais.
Muitas vezes, as falhas de segurança originam-se de colaboradores desinformados que, involuntariamente, comprometem os sistemas. Estes incidentes destacam a necessidade de investimento na formação e sensibilização dos colaboradores. Ameaças como malware, phishing e técnicas de engenharia social têm consequências significativas, que podem incluir perdas financeiras, danos reputacionais e violações de privacidade.
6. Processos
Estruturar processos robustos de segurança é fundamental para que as organizações mantenham a integridade e conformidade de seus dados e sistemas. Esses processos englobam políticas, diretrizes e práticas que ajudam a proteger e administrar dados sensíveis, além também de incluir a definição de responsabilidades, gestão de acessos, classificações de dados e protocolos de resposta a incidentes.
A tríade GRC (Governança, Gestão de Riscos e Conformidade) representa pilares vitais nesta área. A governança direciona e monitora iniciativas de segurança; a gestão de riscos identifica e mitiga possíveis ameaças; enquanto a conformidade assegura a aderência às leis e normas, como a LGPD e ISO 27001.
7. Tecnologias
Por mais que conscientizemos os colaboradores, o cenário de ameaças é dinâmico, e a dependência exclusiva de práticas humanas não é suficiente. A tecnologia é uma aliada indispensável na batalha contra ameaças cibernéticas. Ferramentas como firewalls, antivírus, criptografia, autenticação multifatorial e sistemas de detecção de intrusões protegem e monitoram a infraestrutura digital.
Entretanto, uma abordagem que se limite à segurança perimetral não é completa, pois, para uma proteção abrangente, é imperativo adotar estratégias de defesa em profundidade, assegurando que, mesmo se uma camada de segurança for comprometida, outras medidas estarão em vigor. Esta abordagem multicamada visa prevenir, detectar e responder a ataques, maximizando a segurança dos ativos digitais.
Ouça agora o episódio 15 do podcast disponível no Spotify!
Principais ameaças à segurança da informação
Phishing
Phishing envolve métodos usados por cibercriminosos para extrair informações sensíveis através do envio de mensagens enganosas ou sites falsos. A defesa contra essas ameaças exige atenção a detalhes como inconsistências no texto, pedidos inesperados de dados pessoais e endereços de URL duvidosos. É essencial também manter um software de proteção atualizado e não interagir com links e downloads de origens desconhecidas.
Malware
Malwares são programas hostis feitos para prejudicar ou infiltrar-se secretamente em sistemas. A proteção contra essas ameaças implica no uso de antivírus atualizados constantemente. Evitar downloads de origens desconhecidas e ser cauteloso com links não solicitados também são práticas essenciais.
Invasões de força bruta
Os ataques de força bruta são tentativas contínuas e sistemáticas de decifrar senhas ou códigos de acesso. Para contrariar esses ataques, é essencial adotar senhas complexas, combinando diferentes tipos de caracteres, e implementar sistemas que limitam tentativas consecutivas de acesso. A ativação de verificação em duas etapas é também uma medida recomendável.
Vazamentos de dados
Vazamentos de dados podem surgir de vulnerabilidades de segurança, ações mal-intencionadas ou deslizes humanos. Defenda-se contra essas exposições garantindo a implementação de protocolos como encriptação de dados, gestão de permissões e rastreio de atividades atípicas.
Dicas de boas práticas que vão proteger os dados da sua empresa
Implemente a autenticação multifator (MFA)
Confiar apenas em senhas para proteção pode não ser o suficiente diante de ameaças avançadas. Ao ativar a MFA (Autenticação de Multifator), você introduz um nível adicional de segurança, solicitando um segundo tipo de verificação além da simples senha – isso pode ser um código enviado a um smartphone, reconhecimento facial ou um dispositivo token.
Quando combinada com outras ferramentas, como antivírus e firewalls, essa medida fortalece a abordagem de defesa em múltiplas camadas, tornando mais complexo para os ciberatacantes conseguirem acesso indevido.
Adote senhas robustas
A chave para uma proteção eficaz se inicia com senhas robustas, que formam a primeira barreira contra acessos não autorizados. Uma senha robusta contém, idealmente, uma mistura de letras (maiúsculas e minúsculas), números e símbolos. Não use detalhes pessoais facilmente deduzíveis e evite repetir senhas em várias plataformas. Além disso, é recomendável renovar as senhas periodicamente, e especialmente após qualquer suspeita de violação.
Promova a conscientização
Navegar na internet com segurança exige conhecimento contínuo sobre boas práticas cibernéticas. Mantenha-se informado sobre ameaças emergentes e compartilhe esse conhecimento.
Esteja sempre alerta para mensagens ou ligações estranhas solicitando detalhes de acesso, e valide a autenticidade de qualquer pedido antes de divulgar informações. A chave é reconhecer, prevenir e reagir de forma proativa aos desafios de segurança.
Atualize seus softwares regularmente
Para assegurar a integridade dos seus sistemas, é fundamental manter todos os softwares em dia. Equipes técnicas costumam sempre desenvolver correções e melhorias para contrapor ameaças e falhas.
Ignorar essas atualizações é como deixar uma janela aberta para invasores, portanto garanta que todos os softwares, sistemas operacionais e dispositivos estejam sempre com as versões mais recentes instaladas.
Estratégias e desafios na segurança da informação
Com a escalada de ameaças cibernéticas, é indiscutível que as empresas necessitam de uma abordagem meticulosa e proativa para proteger seus ativos digitais. Como Thiago Madeira, coordenador na Nita Alimentos e convidado do 15º episódio do podcast Itshow, destaca: “É comum ver empresas ajustando suas estratégias de segurança da informação apenas para atender a compliance ou tendências, mas isso não é o mais indicado. Em segurança da informação, é fundamental conhecer sua própria estrutura, estar preparado para o ambiente adverso de cibersegurança e estar pronto para recuperação pós-incidente.”
O planejamento adequado emerge como uma pedra angular neste cenário. “A principal lição que aprendi é a importância de fazer a ‘lição de casa’, de conhecer melhor o ambiente, entender a necessidade do negócio, e montar um escopo de solução adequado. A maioria das falhas de implementação ocorre por nossa própria falta de especificação do que queremos e como deve ser aplicado na prática”, continua.
Uma governança interna sólida e dinâmica é indispensável, atuando como a linha de frente no combate a incidentes e respostas a possíveis ameaças. Esta junção entre planejamento estratégico e governança interna robusta forma o cerne da proteção no cenário cibernético atual que se encontra cada vez mais volátil.
Para os tomadores de decisão, como aconselha Madeira, fica evidente que a segurança da informação não é apenas uma ação pontual, mas uma jornada contínua de vigilância, adaptação e evolução. É através deste compromisso constante que as empresas podem aspirar a uma resiliência verdadeira em meio às incertezas digitais contemporâneas.
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