No panorama atual da inovação e liderança empresarial, a iniciativa IT Partners Engagement da Bayer exemplifica a importância de um apoio sólido e visionário por parte da liderança em fomentar a inovação e o trabalho colaborativo.
Juliana Mendonça e Flavia Segura, profissionais renomadas na Bayer, compartilham insights valiosos, no episódio 25 do podcast Itshow, sobre como o respaldo incondicional de todos os níveis de liderança, tanto na Bayer quanto em seus parceiros, tem sido indispensável para a implementação e sucesso deste programa pioneiro.
Ao transcender as fronteiras tradicionais entre as áreas, o programa busca promover uma nova maneira de operar, enfatizando a importância de uma gestão proativa e adaptativa frente às constantes mudanças organizacionais.
Sob a égide de uma nova liderança CEO e a adoção da filosofia revolucionária da humanocracia, a Bayer está reconfigurando sua cultura organizacional para priorizar a desburocratização e o foco no cliente.
Este movimento estratégico visa empoderar colaboradores e parceiros, concedendo-lhes maior senso de propriedade e responsabilidade em suas ações e decisões. A liderança da Bayer reconhece que, em um mundo onde a única constante é a mudança, a capacidade de adaptar-se e inovar torna-se não apenas um diferencial, mas uma necessidade imperativa.

O que é uma liderança inovadora
A concepção de liderança inovadora, embora não seja uma novidade, tem se tornado cada vez mais relevante no cenário corporativo atual. Esta abordagem é vital para gestores que buscam compreender e motivar a geração millennial, concentrando esforços para fomentar um ambiente de trabalho estimulado por ideias inovadoras e um engajamento profundo da equipe.
Inovação, diferente do que muitos podem pensar, não se limita apenas à criação de novos produtos ou serviços. Ela está intrinsecamente ligada à criatividade e à capacidade de repensar e adaptar processos já existentes de maneiras mais eficientes e eficazes.
É um processo contínuo de desaprender e reaprender, visando a excelência e a agilidade no desenvolvimento de habilidades e competências. Sob esta perspectiva, a liderança inovadora desempenha um papel crucial, inspirando e mobilizando os colaboradores a participarem ativamente da construção de uma cultura organizacional dinâmica e inovadora.
Robert Tucker, presidente do Innovation Resource Consulting Group, em seu artigo para a Forbes, “Six innovation leadership skills everybody needs to master”, destaca a importância de certas habilidades, mentalidades e ferramentas que os líderes devem cultivar para transformar suas organizações em verdadeiros berços de inovação.
Tucker enfatiza a necessidade de uma liderança que engaje os colaboradores de forma mais humanista e com paixão, direcionando a empresa para um futuro mais inovador e sustentável.

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6 habilidades que todo líder inovador deve ter
1. Cultive a visão de oportunidades
A liderança inovadora distingue-se pela capacidade de enxergar além dos problemas imediatos, identificando oportunidades onde outros veem obstáculos. Essa percepção exige uma visão abrangente, focando no progresso e nas potencialidades ainda não exploradas. Encorajar a equipe a ver além dos detalhes imediatos e visualizar o quadro maior é essencial para fomentar um ambiente rico em inovação.
2. Abra espaço para a experimentação
Neste ambiente, as suposições são desafiadas e as ideias fluem livremente, com a equipe sendo incentivada a questionar o status quo e explorar novas possibilidades. A liderança inovadora promove um espaço seguro para a experimentação, onde “um caminho melhor” não é apenas uma possibilidade, mas uma meta a ser perseguida com curiosidade e abertura para novas soluções.
3. Empatia como pilar estratégico
Entender profundamente as necessidades e desejos do cliente final é fundamental. Isso requer uma imersão na experiência do cliente, buscando compreender seus desafios e como a organização pode oferecer soluções eficazes. A liderança inovadora transcende a superficialidade, mergulhando nas verdadeiras necessidades dos clientes para criar soluções significativas.
4. Antecipação estratégica
Em um mundo de mudanças constantes, manter-se à frente das tendências é crucial. Isso implica em uma liderança proativa, sempre alerta às novidades do mercado e pronta para adaptar-se rapidamente. Incorporar a análise de tendências como parte da rotina organizacional posiciona a empresa na vanguarda da inovação.
5. Estimule a criatividade coletiva
A inovação floresce em ambientes onde a criatividade é valorizada e incentivada. A liderança inovadora cria espaços para brainstorming, reuniões informais e atividades que estimulem o pensamento criativo. Isso não se limita ao ambiente de trabalho; buscar inspiração em atividades culturais e sociais também é encorajado.
6. Comercialização efetiva de ideias inovadoras
Vender uma nova ideia dentro de uma organização pode enfrentar resistências. A liderança inovadora deve ser hábil na comunicação, destacando os benefícios e o impacto positivo das mudanças propostas.
Adaptar a apresentação da ideia ao perfil do interlocutor, seja através de dados concretos ou destacando os benefícios a longo prazo, é fundamental para superar objeções e fomentar uma cultura de inovação.

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O que não pode faltar em uma empresa inovadora
A evidência de que a liderança inovadora é um conceito estabelecido pode ser encontrada em um estudo realizado pela Harvard Business Review (HBR) há quase uma década, que tinha como objetivo identificar os elementos chave das organizações líderes em inovação.
O estudo “The Innovator’s DNA” revelou que cinco competências são predominantes entre os líderes mais inovadores: capacidade de fazer conexões, propensão a questionar, habilidade de observar, inclinação à experimentação, e habilidade em formar redes.
Foi observado também que líderes empreendedores e CEOs inovadores dedicam 50% mais do seu tempo a estas atividades exploratórias do que líderes com menos inclinação à inovação.
Os autores do estudo sugerem dedicar entre 15 a 30 minutos diários para elaborar questões que desafiem o status quo organizacional, como um meio de cultivar uma mentalidade inovadora.
Eles recomendam ainda que líderes inovadores busquem interação com as cinco pessoas mais criativas de seu círculo, solicitando insights sobre como elas estimulam seu próprio pensamento criativo.
Em cenários ideais, essas interações podem evoluir para relações de mentoria. Caso isso não seja viável, é sugerido promover encontros regulares com equipes, familiares ou amigos para discutir sobre inovação e práticas que estimulem a criatividade. Essa conexão entre criatividade e inovação exige uma série de ações incrementais antes de culminar em realizações significativas.
Repensando a liderança: A necessidade de inovação e flexibilidade
Líderes que não reconhecem a importância do investimento contínuo em inovação e criação de valor correm o risco de ignorar os sinais de declínio, continuando a aperfeiçoar práticas que já não agregam valor significativo no mercado atual.
Um aspecto da liderança que pode inibir a inovação é a prevalente cultura de comando e controle. Impulsionada por ego, desejo de poder ou insegurança, essa abordagem antiquada, na qual a liderança detém todas as respostas e se limita a demandar resultados sem promover o envolvimento ativo da equipe, já não se sustenta.

Essa mentalidade de comando e controle sufoca a criatividade, desmotiva os talentos, falha em empoderar aqueles que realmente compreendem os desafios e as oportunidades, resultando em “inovações” que não passam de repetições do que já existe. Esse problema muitas vezes tem raízes nos sistemas corporativos de métricas e incentivos.
Prevalece a tendência de valorizar aqueles que simplesmente repetem respostas ao invés de premiar a experimentação. Tratamos erros de aprendizado da mesma forma que falhas por negligência, desencorajando a exploração de novas ideias e a valorização de resultados a longo prazo sobre ganhos imediatos.
Líderes que promovem o crescimento de profissionais que espelham suas próprias visões e abordagens contribuem para a criação de um ambiente homogêneo e pouco inovador, que não só carece de diversidade de pensamento como também se torna facilmente replicável pela concorrência.
É importante lembrar que somos influenciados por nossas experiências. Independente da lógica de teorias ou discursos, as vivências passadas têm grande peso em nossa percepção.
Portanto, mesmo diante de evidências que apontam a cultura de liderança como essencial para o sucesso da inovação, líderes que já experimentaram êxito por meio de métodos tradicionais podem se mostrar resistentes à mudança.
Não que essas abordagens antigas fossem erradas; elas foram eficazes em seus respectivos contextos. O que mudou foi o cenário global, impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças comportamentais. Novos tempos exigem novas estratégias internas, adaptando-se às dinâmicas externas em evolução.
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