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domingo, outubro 6, 2024
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O Papel da Tecnologia na Saúde Brasileira

A transformação digital no setor hospitalar está remodelando a forma como os serviços de saúde são prestados, com o uso de tecnologias avançadas, os hospitais e clínicas podem otimizar processos internos, melhorando o atendimento aos paciente e aumentando a eficiência operacional.

Um dos pilares dessa transformação é a integração entre os diversos sistemas de saúde e a digitalização de prontuários e registros médicos, facilitando o acesso às informações dos pacientes por diferentes profissionais, de maneira segura e ágil.

“A ABCIS se dedica a simplificar a vida dos tomadores de decisão em tecnologia. Muitas vezes, a tecnologia é vista como um tema etéreo pelos gestores, que podem subestimar a complexidade envolvida. Não é apenas uma questão de adquirir uma solução e esperar que o problema se resolva.” — Vitor Ferreira, CIO do Hospital Infantil Sabará, em entrevista no podcast ItShow

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A Associação Brasileira de CIOs da Saúde (ABCIS) tem desempenhado um papel extremamente importante nessa jornada, promovendo o uso estratégico de tecnologias e ferramentas digitais que permitem enfrentar desafios mais complexos, como a falta de comunicação entre sistemas, e incentivando a adoção de soluções inovadoras para contribuir para o crescimento sustentável do setor.

O Papel da Tecnologia na Saúde Brasileira

A adoção da tecnologia no setor de saúde brasileiro vem se tornado cada vez mais uma realidade no dia a dia da população, ferramentas como a telemedicina, inteligência artificial (IA) são usadas para diagnósticos e análise de dados de saúde, além da automação de processos administrativos, permitido que hospitais e centros de saúde se tornem mais eficientes. O uso de big data, por exemplo, tem facilitado a gestão de dados de pacientes, permitindo a identificação de padrões que auxiliam no planejamento de tratamentos mais eficazes.

Transformação Digital na Saúde Brasileira: Desafios e Oportunidades

Embora os avanços sejam claros, a transformação digital no Brasil ainda enfrenta muitos desafios e a principal delas é na infraestrutura deficiente em algumas regiões, além da falta de capacitação de profissionais para lidar com as novas tecnologias que são barreiras importantíssimas. Como Vitor Ferreira, CIO do Hospital Infantil Sabará, observou:

“Hoje, quando a gente olha para o cenário da saúde brasileira, é um cenário precário, é um cenário com muitas dificuldades. Quando a gente sai desse binômio sul, sudeste, do quadrilátero da Paulista, a gente tem uma escassez de praticamente tudo.

Embora, 97% dos hospitais de saúde pública no Brasil já tenham computadores instalados, apenas 85% possuem sistema eletrônico para registro de pacientes, apenas 42% mantêm as informações clínicas e cadastrais em prontuário eletrônico, de acordo com um estudo da TIC Saúde 2022

Desafios da Transformação Digital na Saúde Brasileira

A transformação digital no setor de saúde do Brasil é complexa, e envolve a modernização de um sistema fragmentado e sobrecarregado, as demandas por atendimento e a necessidade de otimizar recursos tornam a transformação digital uma prioridade. No entanto, problemas estruturais, como a falta de investimentos contínuos e uma legislação atualizada que acompanhe o desenvolvimento tecnológico e limitam o progresso.

A falta de comunicação entre diferentes plataformas digitais de saúde é outro desafio crítico, sistemas que não se comunicam criam barreiras na troca de informações entre hospitais, clínicas e profissionais de saúde, prejudicando o atendimento ao paciente.

Desafios Estruturais e Financeiros na Transformação Digital da Saúde Brasileira

Os custos associados à digitalização da saúde brasileira não podem ser subestimados. A implementação de novas tecnologias, a capacitação de equipes e a manutenção de infraestrutura digital robusta exigem investimentos significativos. Hospitais públicos e privados precisam encontrar um equilíbrio entre inovação e gestão eficiente de recursos financeiros.

Outro obstáculo é a desigualdade no acesso a essas tecnologias, com grandes centros urbanos concentrando a maioria das inovações, enquanto regiões mais afastadas e com menor poder aquisitivo ainda lutam com estruturas precárias. Para superar esse desafio, é fundamental a criação de políticas públicas que promovam a distribuição equitativa das inovações tecnológicas mas falaremos mais sobre isso no decorrer do conteúdo.

O Setor de Saúde Brasileiro Pós-Pandemia e a Urgência da Transformação Digital

A pandemia de COVID-19 trouxe uma nova urgência à transformação digital; a necessidade de atendimento remoto, combinada com a superlotação dos hospitais, acelerou a adoção de tecnologias como a telemedicina, que se mostrou essencial para manter o atendimento durante a crise. Além disso, a pandemia destacou a importância de sistemas ágeis e integrados para a troca rápida de informações e o gerenciamento de recursos hospitalares.

Assim como Cláudia Anania, CIO da Fundação Butantan, explica no podcast ItShow: “Durante a pandemia, fomos pressionados a usar e cuidar melhor dos dados, pois precisávamos mostrar para a população como o vírus estava se disseminando e como as vacinas poderiam interromper essa disseminação […].” A implementação da inteligência artificial exemplifica como a tecnologia foi utilizada para alertar a população sobre a disseminação do vírus e métodos de prevenção contra o contágio.

Com a experiência adquirida, o setor de saúde pós-pandemia enfrenta o desafio de consolidar essas mudanças e garantir que elas façam parte da estrutura permanente do sistema de saúde, promovendo um serviço mais resiliente e preparado para futuras crises.

O SUS e a Transformação Digital na Saúde Brasileira

O Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel vital na saúde pública brasileira e é central na estratégia de transformação digital do país, nos últimos anos, o ele tem investido em ferramentas como a Plataforma de Telessaúde e o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), que visa integrar todas as informações de saúde do paciente em uma única base de dados. Isso facilita o acompanhamento do histórico clínico, independentemente de onde o paciente seja atendido.

Entretanto, a transformação digital no SUS ainda enfrenta desafios em relação à conectividade e à falta de infraestrutura tecnológica em áreas rurais. A implementação de soluções tecnológicas de maneira equitativa em todo o território nacional é um dos grandes obstáculos para que o SUS alcance todo o seu potencial.

Como por exemplo Cuiabá, uma capital brasileira com 3 milhões de habitantes, que ainda administra a Saúde Pública local sem um sistema de gestão. A digitalização não significa a adoção de uma Saúde Digital de fato, como provam os indicadores levantados pela pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos estabelecimentos de saúde brasileiros feita pela TIC Saúde em 2022

A Transformação Digital na Saúde Brasileira: Desafios e Oportunidades

Os avanços tecnológicos na saúde não se limitam apenas à melhoria da eficiência e ao aumento da produtividade. A tecnologia tem o poder de revolucionar a forma como os pacientes interagem com o sistema de saúde. Ferramentas de monitoramento remoto permitem que pacientes com doenças crônicas sejam acompanhados em tempo real por profissionais de saúde, sem a necessidade de visitas constantes a hospitais.

Essas inovações também permitem a criação de modelos preventivos de atendimento, nos quais a análise de dados pode identificar precocemente condições de saúde que podem se agravar. Essa abordagem proativa tem o potencial de reduzir custos e melhorar os desfechos clínicos.

Gestão Tecnológica Eficiente no Setor de Saúde

Uma gestão eficiente da tecnologia é crucial para o sucesso da transformação digital na saúde, a ABCIS atua também como um elo entre os gestores hospitalares e as tecnologias emergentes, desenvolvendo a troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias para a implementação de soluções tecnológicas de forma segura e eficiente.

Além disso, a integração entre os sistemas de informação dos diferentes níveis de atendimento, desde o hospital até os cuidados primários, é essencial para garantir que os pacientes recebam cuidados adequados.

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