O mercado de tecnologia e telecomunicações no Brasil ganha um novo canal de discussão com a estreia do podcast Futurecom Connect realizada em colaboração entre Itshow e Futurecom. Apresentado por Marcio Montagnani.
O primeiro episódio, já disponível, mergulha nas soluções de conectividade B2B, com foco em redes privativas e FWA (Fixed Wireless Access). Para debater o tema, foram convidados Felipe Ruppenthal, diretor de consultorias da Telco Advisors, e Paulo Bernardocki, diretor de soluções e tecnologia da Ericsson, dois dos maiores especialistas do segmento no país.
Com um formato dinâmico, o episódio explora as vantagens competitivas das redes privativas e do FWA, os desafios de segurança e governança e as perspectivas futuras com a chegada do 5G privado e a transição para o 6G.
Redes privativas
As redes privativas têm sido apontadas como um divisor de águas na transformação digital de grandes empresas. Empresas do setor industrial, logístico e de energia estão liderando essa adoção, impulsionadas pela necessidade de maior controle, segurança e desempenho da conectividade.
Segundo Paulo Bernardocki, a demanda por infraestrutura de rede tem aumentado exponencialmente, pois as soluções públicas nem sempre conseguem atender às necessidades críticas de determinadas indústrias.
“As empresas estão buscando alternativas mais seguras e eficientes para suportar seus processos industriais e operacionais, e as redes privativas surgem como a solução ideal“, afirmou o executivo da Ericsson.
Por outro lado, Felipe Ruppenthal destacou que o Brasil ainda enfrenta desafios estruturais para a massificação dessas redes, incluindo custos elevados e regulações complexas. No entanto, com a evolução do 5G privado, essa realidade pode mudar rapidamente, permitindo a adoção de modelos mais flexíveis e escaláveis para diversos setores.
FWA
O Fixed Wireless Access (FWA) tem se consolidado como uma das principais estratégias para ampliar a conectividade em regiões remotas e urbanas. No episódio, os especialistas discutem o potencial do FWA como alternativa à fibra óptica, destacando suas vantagens e desafios.
“Apesar de ser uma solução promissora para levar conectividade a locais de difícil acesso, o FWA ainda enfrenta barreiras como disponibilidade de espectro e custos de infraestrutura“, explica Felipe Ruppenthal. No entanto, ele acredita que a evolução das redes 5G privadas pode potencializar essa tecnologia, tornando-a ainda mais viável e acessível.
Bernardocki complementa que a integração do FWA com redes de nova geração pode trazer melhorias significativas em custo-benefício e performance, tornando-se um fator crítico na expansão da conectividade em fábricas inteligentes, agronegócio e ambientes urbanos densos.
Segurança e governança
A segurança das redes privativas e do FWA é um dos pontos mais sensíveis da discussão. A crescente superfície de ataque dessas infraestruturas tem exigido das empresas estratégias robustas de proteção contra ameaças cibernéticas.
Bernardocki alerta que é fundamental adotar abordagens de segurança zero-trust para garantir que as redes privativas não sejam vulneráveis a ataques. “Com a digitalização das operações, as empresas precisam investir em criptografia, segmentação de rede e monitoramento contínuo“, reforça.
Felipe Ruppenthal acrescenta que, no caso do FWA, um dos maiores desafios está na governança e padronização. Empresas que adotam essa tecnologia devem estar atentas à conformidade com regulamentos como a LGPD e outras normativas de segurança.
Conectividade B2B
Olhar para o futuro da conectividade B2B envolve considerar tecnologias emergentes como inteligência artificial, edge computing e 6G. No episódio, os especialistas discutem como essas tendências vão moldar os próximos anos da indústria.
Para Bernardocki, a automatização via IA será um diferencial importante na gestão das redes privativas. “A capacidade de prever falhas e otimizar a distribuição do tráfego em tempo real será essencial para garantir a estabilidade das redes“, afirma.
Já Felipe Ruppenthal aposta na descentralização de dados através do edge computing como um fator determinante para o aumento da eficiência operacional. “Empresas que adotam essa abordagem ganham maior resiliência e reduzem a latência das aplicações críticas“, conclui.
Por fim, o 6G surge como a próxima fronteira da conectividade, prometendo novos serviços e modelos de negócios que vão redefinir o conceito de redes privativas e conectividade industrial.
Onde ouvir o Futurecom Connect?
O episódio está disponível nas principais plataformas de podcast, os ouvintes também podem acessar conteúdo exclusivo através do site digital.futurecom.com.br.
Siga o Itshow no LinkedIn e assine a nossa News para ficar por dentro de todas as notícias do setor de TI e Telecom!