Segundo o novo estudo global “Women in leadership: Why perception outpaces the pipeline – and what to do about it” da IBM, houve uma queda no número de mulheres em cargos de liderança. Embora as empresas tenham feito avanços significativos em relação à equidade de gênero nas últimas décadas, a pesquisa revelou que a presença feminina continua sendo sub-representada em posições de autoridade em todo o mundo.
A pesquisa global é realizada a cada dois anos para avaliar as oportunidades e as barreiras para o avanço das mulheres no trabalho. Em 2023, a terceira pesquisa da série ouviu 2.500 executivos e profissionais de recursos humanos, tornando este estudo de longe um dos maiores já feitos, abrangendo 12 países.
O novo estudo constatou que houve um leve aumento na representatividade feminina em cargos de C-suite e em conselhos executivos no Brasil, agora com 12% para ambas as posições. Além disso, a ocupação de mulheres em cargos de profissionais juniores/especialistas aumentou para 41%, em comparação com os 37% em 2021.
No entanto, o número de mulheres em cargos de liderança não foi recuperado, se comparado ao período pré-pandêmico. Atualmente, apenas 14% ocupam cargos de vice-presidente sênior (18% em 2019) e 16% em cargos de vice-presidente (19% em 2019). Esse declínio é ainda maior para profissionais seniores e gerenciais não executivos, com apenas 30% desses cargos ocupados por mulheres em todo o mundo. Já no Brasil em particular, a porcentagem diminui para 29%.
Além disso, menos da metade (45%) das organizações pesquisadas no Brasil relatam promover ativamente a inclusão feminina em cargos de liderança em suas estratégias de crescimento empresarial, seguindo uma tendência global preocupante.
O estudo também destaca a importância da percepção na promoção da diversidade de gênero nas empresas. Embora muitas empresas afirmem apoiar a causa, os resultados mostram que as percepções dos entrevistados sobre a representação feminina são frequentemente imprecisas. Por exemplo, muitos entrevistados subestimaram o número de mulheres em cargos de liderança em suas próprias empresas.
Para enfrentar esse problema, o estudo “Women in leadership: Why perception outpaces the pipeline – and what to do about it” destaca a necessidade de mais transparência e responsabilidade nas empresas. Isso inclui coletar e compartilhar dados sobre a representação de gênero nas corporações, estabelecer metas de diversidade e monitorar o progresso em relação a essas metas.
Em resumo, além de adotar práticas mais inclusivas, o estudo da IBM aponta a necessidade de um esforço conjunto para alcançar a igualdade de gênero nas empresas, como oferecer treinamento em diversidade e inclusão para todos os funcionários e avaliar os processos de contratação e promoção para eliminar possíveis preconceitos de gênero em todo o mundo.
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