A segurança cibernética não deve ser vista apenas como uma barreira, mas como um verdadeiro habilitador dos negócios. No 10º episódio da temporada Confraria Tech Leaders, João Passos e Pedro Novelli compartilham suas experiências sobre governança de segurança cibernética, explorando desafios e tendências do setor. O bate-papo conduzido por Márcio Montagnani e Leandro Roldão trouxe insights sobre como alinhar segurança à estratégia empresarial, construir uma cultura de proteção digital e superar as barreiras da transformação cibernética.
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O Papel Estratégico da Governança na Segurança Cibernética
A governança de segurança cibernética deixou de ser apenas um conjunto de regras e políticas para se tornar um elemento fundamental na estratégia das empresas. João Passos destaca que um dos grandes desafios enfrentados pelos CISOs é equilibrar segurança e inovação, garantindo que as empresas possam crescer sem comprometer a proteção de dados e sistemas.
Pedro Novelli ressalta que, com a digitalização acelerada, as organizações precisam integrar segurança desde a concepção dos projetos. Para isso, a colaboração entre TI, compliance e áreas de negócio é essencial. Ele aponta que muitas empresas ainda operam com um modelo reativo, onde a segurança só é discutida após a ocorrência de um incidente.
A adoção de frameworks bem estabelecidos, como NIST, ISO 27001 e Zero Trust, é um dos caminhos recomendados para fortalecer a governança e trazer previsibilidade para as estratégias de proteção. Mais do que criar regras rígidas, a segurança deve estar integrada ao DNA da empresa, permitindo que a inovação ocorra de maneira segura e sustentável.
Como a Segurança Cibernética Pode se Tornar um Habilitador dos Negócios
Durante o episódio, um dos pontos mais discutidos foi como transformar a segurança de um elemento visto como obstáculo para um fator que impulsiona a inovação. João Passos argumenta que, ao invés de ser uma área de “não pode”, a segurança deve atuar como parceira do negócio, fornecendo ferramentas e soluções que aumentem a confiabilidade das operações.
Pedro Novelli exemplifica essa mudança com as novas exigências do mercado. Hoje, muitas empresas só conseguem fechar contratos se atenderem a requisitos de segurança cibernética, o que significa que uma governança bem estruturada pode abrir portas para novas oportunidades. As empresas que investem em compliance e segurança são vistas como mais confiáveis e se tornam mais competitivas.
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Além disso, a transparência é um fator crucial. Comunicar os riscos de forma clara para a alta gestão e para os colaboradores cria um ambiente de conscientização, onde todos se tornam responsáveis pela segurança da empresa. Isso reduz vulnerabilidades e fortalece a resiliência digital das organizações.
Tendências Futuras e Desafios na Governança de Segurança Cibernética
O futuro da segurança cibernética será cada vez mais pautado pela automação e pela inteligência artificial. João Passos menciona que soluções de IA já estão sendo usadas para monitoramento de ameaças em tempo real, substituindo processos manuais e tornando as respostas mais ágeis e eficientes.
Outra tendência abordada foi a segurança em ambientes de computação quântica. Com a evolução dessa tecnologia, os algoritmos de criptografia tradicionais podem se tornar obsoletos, exigindo que as empresas repensem suas estratégias de proteção. A preocupação com riscos na cadeia de suprimentos também foi um dos pontos levantados, destacando a necessidade de avaliar a segurança dos parceiros e fornecedores.
Pedro Novelli reforça que um dos grandes desafios para os próximos anos será a retenção de talentos. O déficit de profissionais qualificados na área de segurança cibernética continua crescendo, tornando essencial o desenvolvimento interno de especialistas e a criação de planos de carreira para manter os talentos dentro das empresas.
O 10º episódio do Tech Leaders trouxe reflexões fundamentais sobre o papel da governança na segurança cibernética. Mais do que uma necessidade técnica, a segurança deve ser vista como um diferencial estratégico que fortalece as empresas no cenário digital. O equilíbrio entre proteção e inovação, a colaboração entre áreas e o investimento em conscientização são fatores essenciais para construir uma cultura cibernética forte.
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