Nesta 35ª matéria da série Por dentro da RSAC, nosso colunista Allex Amorim revela como dois profissionais com origens surpreendentemente diversas alcançaram cargos de liderança em segurança cibernética como CISOs. A sessão, intitulada “Da aspiração à realização“, proporciona uma visão profunda sobre a flexibilidade e a amplitude de carreiras no setor de segurança cibernética.
Caminhos Incomuns para a Segurança
Catharina “Dd” Budiharto, que inicialmente trabalhava como zeladora, encontrou na tecnologia uma paixão que definiu o curso de sua vida profissional. Ela se dedicou ao estudo autodidata e, eventualmente, obteve certificações que a propulsaram para o papel de CISO na Consultoria de Ponto Cibernético. Sua história não apenas desafia estereótipos, mas também serve de inspiração para todos aqueles que desejam entrar na área de segurança, independentemente de seus antecedentes.
Larry Trittschuh, por outro lado, traz um enfoque tático para a mesa, derivado de sua carreira como piloto de caça a jato. A capacidade de manter a calma sob pressão e tomar decisões rápidas é crucial tanto no ar quanto no campo da cibersegurança. Larry destaca a importância de pensar estrategicamente e adaptar-se rapidamente às novas ameaças, uma habilidade que ele aprimorou durante seus anos na aviação militar.
Ambos os palestrantes ressaltam a importância da resiliência e da capacidade de aprender continuamente como atributos chave para quem busca sucesso na carreira de segurança cibernética.
CISOs: A Arte do Possível
Durante a sessão, foi evidente que o caminho para se tornar um CISO não é linear. Tanto Catharina quanto Larry destacaram a importância de aproveitar as experiências únicas e transferi-las para o contexto de segurança. Kris Passeios encorajou a audiência a ver cada experiência de vida como um ativo potencial para a segurança cibernética, destacando que a diversidade de antecedentes pode trazer novas perspectivas e soluções para o campo.
Os painelistas também discutiram a importância de construir uma rede de contatos sólida e buscar mentoria, pois esses elementos podem ser decisivos no desenvolvimento de uma carreira bem-sucedida em segurança. A interação e o apoio entre profissionais do setor foram apontados como fundamentais para o crescimento pessoal e profissional.
Ampliando Horizontes em Segurança Cibernética
A discussão levantou uma questão crucial: como a indústria pode se tornar mais inclusiva e acessível para aspirantes a CISOs de todos os antecedentes? A resposta parece residir na educação e no acesso a oportunidades de treinamento que não apenas ensinem as habilidades técnicas necessárias, mas também promovam um ambiente de suporte e mentoria.
Este segmento da indústria está se tornando cada vez mais crucial, pois as organizações reconhecem a necessidade de proteger seus ativos digitais contra ameaças crescentes. Como resultado, o papel do CISO está evoluindo, exigindo uma abordagem mais estratégica e integrada à segurança empresarial.
Essa necessidade por CISOs dinâmicos e adaptáveis sugere uma grande oportunidade para aqueles que estão dispostos a requalificar-se e abraçar os desafios da área. Esta realidade torna essencial para as organizações investir em treinamento e desenvolvimento contínuo de seus profissionais de segurança.
Refletindo sobre as histórias de Catharina e Larry, sou inspirado pela capacidade inata de superação e adaptação que cada um demonstrou em suas respectivas jornadas. É evidente que o caminho para se tornar um CISO pode ser tão variado quanto as ameaças que buscamos mitigar em nosso campo. O que essas trajetórias nos ensinam é que não existem pré-requisitos fixos para a liderança em segurança cibernética; há apenas a necessidade de paixão, perseverança e a habilidade de aprender incessantemente.
Durante a sessão, vi um reflexo claro da versatilidade necessária para liderar na era digital. Cada história é um lembrete de que nossas diferenças, seja um passado como zelador ou como piloto de caça, podem se tornar nossas maiores forças quando aplicadas com sabedoria e visão. Isso me faz reafirmar a minha crença na inclusão e na diversificação como pilares para a inovação na segurança cibernética. Afinal, é a nossa habilidade de ver além das convenções que irá nos preparar para os desafios desconhecidos do futuro.
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