O Fleury informou, na noite deste domingo (7), a ocorrência de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação que comprometeu a entrega de resultados de exames em grandes hospitais de São Paulo A empresa acionou seus protocolos de segurança e controle desde o momento inicial das indisponibilidades, contando com o apoio de empresas especializadas e de referência nessa área de atuação.
“Estamos gradualmente normalizando nossas operações de forma controlada, com os devidos testes de segurança sendo executados, priorizando a integração automática de sistemas em hospitais em nossos ambientes, que vem ocorrendo de forma gradativa. As Unidades seguem atendendo nossos clientes com sistemas já restabelecidos.”, informou o Grupo Fleury em nota.
Impacto nos hospitais privados de São Paulo
Segundo apurou o Estadão, a falha nos sistemas do Fleury impactou o acesso de hospitais privados de São Paulo a resultados de exames laboratoriais. Pacientes relataram indisponibilidade dos serviços de agendamento e diagnósticos já coletados desde a última sexta-feira (5).
Hospitais como Sírio-Libanês, A.C. Camargo e Oswaldo Cruz afirmaram operar em “regime de contingência”, priorizando casos urgentes e pacientes internados. Eles também mencionam que outros exames realizados pelas próprias instituições não foram afetados.
Durante esta tarde, os sistemas do Fleury teriam sido restabelecidos, segundo o Hospital Sírio-Libanês: “Retomamos nossa operação padrão para processamento dos exames laboratoriais em todas as unidades de São Paulo e Brasília, seguindo todos os protocolos de segurança e integridade de nossos sistemas. Em virtude do período de paralisação, é possível que ainda ocorra lentidão na entrega dos laudos de exames realizados neste final de semana. Reforçamos que, durante este período de indisponibilidade do Fleury®️, todos os sistemas do Sírio-Libanês estiveram em plena operação e a agenda de exames de imagem não sofreu impacto.”
O que diz o Fleury?
O Fleury afirmou que está normalizando suas operações de forma controlada, com testes de segurança sendo executados e priorizando a integração automática de sistemas em hospitais em seus ambientes.
A companhia também informou que investiu substancialmente nos últimos três anos em sua estrutura de tecnologia, buscando prevenir e proteger a segurança da informação. Isso foi essencial para minimizar os efeitos do ataque em suas operações.
“A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre eventuais fatos relacionados que devam ser divulgados.”, finalizou a empresa.
Setor da saúde teve maior aumento de custo por ataque cibernético
De acordo com um estudo da IBM Security, em 2022, um ataque cibernético no setor de saúde custa em média US$ 10,10 milhões, um aumento de 42% em comparação com 2020. Pela 12ª vez consecutiva, a saúde teve o maior custo médio de violação de dados entre todos os setores.
Para entender o impacto e os prejuízos desses ataques cibernéticos, a IBM conduz uma pesquisa anual sobre os custos das invasões digitais. Em 2022, alguns pontos notáveis incluem:
- Custo médio de US$ 9,44 milhões por violação de dados nos Estados Unidos
- Custo médio global total de US$ 4,35 milhões para cada violação de dados
Especialistas em segurança cibernética aconselham contra o pagamento de resgates por informações roubadas em ataques de ransomware. Embora possa parecer uma solução rápida para recuperar o acesso aos dados, isso apenas incentiva os invasores e os torna mais propensos a realizar ataques futuros, sem oferecer garantias de que as informações roubadas serão devolvidas.
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