Um novo relatório da Akamai, líder em segurança cibernética, revela um cenário alarmante: 65% das vítimas de ransomware no Brasil são empresas com faturamento de até US$ 50 milhões. Os setores de serviços financeiros, fabricação e saúde emergem como os alvos preferenciais desses ataques devastadores.
O estudo, intitulado “State of the Internet – Ransomware à Espreita”, detalha como os criminosos estão refinando suas táticas. A exfiltração de arquivos, que envolve o roubo e a ameaça de vazamento de dados sensíveis, tornou-se a principal estratégia de extorsão. Fernando Ceolin, Diretor Regional do Brasil e América do Sul na Akamai, alerta que simples soluções de backup de arquivos não são mais suficientes. “É necessário adotar técnicas de micro segmentação para evitar a propagação do malware na infraestrutura da empresa”, explica.
O relatório também destaca a exploração de vulnerabilidades Zero Day pelos atacantes, que aumentou em 143% o número de vítimas entre 2022 e 2023. O grupo LockBit figura como um dos principais perpetradores, sendo responsável por 41% dos ataques ao setor de fabricação.
Para fortalecer a defesa, a Akamai recomenda, além de backups regulares e atualizações de software, a adoção de ferramentas de segmentação e isolamento de rede, essenciais para limitar a propagação do ransomware em caso de infecção.