O Brasil, em 2023, consolidou-se como o país mais visado por cibercriminosos na América Latina, mesmo registrando uma queda de 27% nas tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre, atingindo 23 bilhões de tentativas. Esses dados foram revelados no estudo Global Threat Landscape Report da FortiGuard Labs, referência global em segurança cibernética.
A América Latina, como um todo, foi alvo de 63 bilhões de tentativas de invasões cibernéticas no mesmo intervalo. A despeito da redução no número de ataques ao Brasil, a nação ainda se destaca negativamente, liderando o ranking regional.
A sofisticação dos cibercrimes também foi um ponto de destaque no relatório. Enquanto a detecção de ransomware mostrou declínio, a tendência do “RaaS” (Ransomware como Serviço) ganhou força. Nesse modelo, criminosos “alugam” plataformas especializadas para executar ataques mas cirúrgicos.
Outra preocupação é o malware “wiper”, que apaga sistemas inteiros. Sua ascensão está relacionada com os conflitos cibernéticos ligados à guerra da Ucrânia.
Para a Fortinet, existe uma urgência de uma estratégia global robusta contra cibercrimes, enfatizando a potencialidade da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta de prevenção e detecção de ameaças, além da imperatividade de investimentos contínuos e colaborativos na esfera da segurança digital.